Esta é minha derradeira postagem antes da grande final do Campeonato Catarinense. Daqui até lá estarei vivendo e respirando tudo que se relaciona a ela. Talvez o sono custe a chegar e o apetite não venha, mas mesmo querendo não conseguirei pensar em outra coisa. Minha família já está acostumada. Em véspera de decisão, "deixa o homem quieto". Não o envolva na resolução de qualquer outro problema pois a sua mente não conseguirá desenvolver qualquer espécie de raciocínio lógico. "Ele parece meio aéreo" é o que dizem, "deve ser o jogo". E me deixam ali meio paradão, olhar distante, com as imagens do jogo que nem começou rolando pela cabeça, se repetindo.
Já não consigo fazer prognóstico algum. O efeito é tal como se houvesse tomado um remédio de tarja preta. Só importa a hora do jogo. Aí, sim, começa o final de semana. A bola rola e todas as emoções em forma conjunta invadem o corpo. Como já disse algum blogueiro, no momento do pontapé inicial nos transportamos para o campo. Somos aqueles onze atletas correndo atrás da bola e da vitória. Somos um só! Uma orquestra. Uma só sintonia.
Se o resultado será aquele que esperamos só podemos saber depois do fato consumado. O otimismo é grande, mas contido, sem euforia excessiva. Nós, avaianos, já estamos um pouco acostumados com algumas surpresas desagradáveis e nem por isso esmorecemos.
Vou fazer a minha parte na torcida, sempre sem perder a esperança. Em 2008 o Avaí nos deu muitas alegrias. O acesso à elite do futebol brasileiro ainda faz o torcedor exibir um semblante de confiança. O título de campeão catarinense virá para coroar a cabeça de ídolos que entrarão para sempre na história do Avaí. Marquinhos, Martini, Evando, Emerson, William & outros se conquistarem este tão sonhado TÍTULO estarão entrando, definitivamente, na galeria de heróis que já habitam essa galeria como Adilson Heleno, Zenon, Fossati, Jacaré e todos os demais.
Agora é desligar o computador e esperar a hora em que se escreverá mais uma página da nossa história. E do fundo do coração espero que seja mais uma página de vitória para a alegria da imensa nação avaiana. Nação, aliás, que me emocionou na sexta-feira ao comparecer em peso ao último treino antes da decisão. Uma torcida que está há 11 anos sem conquistar o Catarinense lotou o treino, cantou o hino do clube, incentivou jogador por jogador, parecia até dia de jogo. Realmente uma torcida que "ninguém cala...".
Deuses do futebol, esta torcida bem que merece este título !