segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SILAS NO JOGO EXTRA


Roberto Alves na sua coluna de hoje afirma que o Coritiba está convidando Silas para comandar o grupo coxa-branca em 2009. A bem da verdade o nobre colunista Alves já noticiou besteiras bem maiores que essa. Por outro lado, o assédio é natural em função do bom trabalho realizado por Silas com o grupo do Avaí. Silas tem um projeto com o clube catarinense, que pretende levar até o final...
Abaixo trechos de uma entrevista concedida por Silas ao site da Globo (Jogo Extra):

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Ele já foi camisa 10 da seleção. E hoje, 18 anos depois de ter defendido o Brasil na Copa da Itália, Silas comemora seu primeiro triunfo como treinador: a promoção à Série A pelo Avaí. Mas se dependesse apenas de sua vontade, as chuteiras prevaleceriam sobre a prancheta. Nesta entrevista por telefone ao Jogo Extra, ele afirma que, aos 43 anos, ainda tinha condições de jogar futebol e já faz planos para fazer o time catarinense alçar vôos ainda mais audaciosos.
Você parou de jogar em 2003.


Por que demorou tanto a se iniciar como técnico?

Fazia outras coisas da minha vida. Jogava na seleção de masters e tinha a minha escolinha. Até o dia em que, em 2007, o Zetti me chamou para ser auxiliar dele no Paraná. A partir dali, tomei gosto pela coisa. Vi que podia fazer mais alguma coisa pelo futebol.


Em quem você se inspira no seu trabalho?

Principalmente no Cilinho (técnico que o lançou no São Paulo, em 1985). Era um cara que não tinha medo de perder o emprego. Mas também aprendi muita coisa com o Telê (Santana) e com o Marcelo Lippi, que foi meu treinador no Cesena. O (Antônio) Lopes e o Ênio (Andrade) também me deram boas dicas. Mas foi o Vadão (Oswaldo Alvarez) o primeiro a me dizer que tinha condições de ser técnico.


Mas declarações atribuídas a você dão conta que sua predileção era por ter continuado a carreira de jogador.

É verdade! Com 43 anos, eu jogaria tranqüilamente. Estou em ótimas condições físicas. Pena que eu não tive a sorte de um Romário e de um Mauro Galvão que, no Vasco, tiveram suporte da garotada para atuar até além dos 40 anos. Mesmo assim, fui tentar a sorte em clubes pequenos. Estava feliz assim, mas desisti porque não pagavam o meu salário. Aí também era demais: trabalhar e não receber.


E este seu trabalho com o Avaí, te surpreendeu?

Foi legal porque não estávamos entre os mais cotados. E, quando o time foi crescendo, vi crescer também a confiança dos jogadores e dos torcedores, que até se uniram para juntar dinheiro para ajudar a pagar o bicho do elenco. Foi muito interessante este apoio. Os jogadores se sentiram muito mais valorizados.

E agora, valorizado, você continua no Avaí?

Já renovei. Todo treinador reclama que não tem oportunidade de fazer um trabalho a longo prazo. O clube está me dando esta chance. E não vai ser por causa de mais mil ou cinco mil reais que vou abandonar. Já que vou investir nessa carreira, vou fazer direito.


Quais são os seus planos para a Série A?

Firmamos uma parceria com a Traffic que certamente vai nos render bons reforços. Nosso elenco é bom, mas só ele não é o suficiente para disputar a Série A.

E em termos de resultado, o que você espera alcançar?

Vamos traçar algumas metas. A primeira delas vai ser ficar acima dos quatro que são rebaixados. Depois disso, pretendo brigar por coisas melhores, como a Copa Sul-Americana. O Vitória, que caiu para a Série C e voltou em alto nível dois anos depois, é o meu maior exemplo. Vou conversar com o Vagner Mancini, que é meu amigo, para pegar algumas lições com ele.

Seu nome como treinador vai ser só Silas ou vai ganhar algum sobrenome?

Já andaram me chamando por aí de Silas Pereira. Foram alguns jornais lá de Florianópolis que fizeram isso. É verdade que esse é o meu nome completo. Mas no futebol eu sou o Silas. Só Silas para mim estava bom.