O uniforme nunca foi tão necessário para diferenciar os jogadores neste Brasileirão. Neste sábado, às 18h30min, na Ressacada, a partida entre Avaí e Fluminense terá uma peculiaridade: os zagueiros gêmeos Cássio e Rafael estarão em lados opostos, defendendo o Tricolor carioca e o Leão, respectivamente. Esta será a primeira vez que os irmãos se enfrentam. Desde que começaram no futebol, aos sete anos de idade, os dois sempre atuaram juntos. Das categorias de base do Grêmio, passando por RS Futebol e Juventude até chegarem ao Avaí, os dois eram companheiros dentro e fora dos gramados.
— Vai ser a primeira vez que eu vou enfrentar o meu irmão em uma partida profissional. Não sei como vai ser, o que eu vou sentir na hora. Mas deve ser muito estranho. Sempre ficamos juntos, estudando na mesma sala, morando juntos.
Só agora que nos separamos — disse Cássio, que nasceu 15 minutos depois de Rafael. Apesar da oportunidade do encontro, o “caçula” garante que o amor dará lugar ao profissionalismo dentro de campo. Caso entrem no decorrer da partida, o defensor garante que ninguém terá vida fácil.
— Estou feliz de poder reencontrá-lo. Desde janeiro, quando deixei o Avaí e assinei contrato com o Fluminense, que eu não o vejo. Quero matar as saudades, mas depois do jogo. Antes cada um vai pensar apenas nas cores que defende, mesmo estando no banco de reservas. Depois do jogo vamos no encontrar. Nossa família é de Porto Alegre, mas já disse que vai ver o jogo na Ressacada — contou.
Rafael faz coro ao irmão. O atleta do Leão diz que, dentro das quatro linhas, os dois vão querer mostrar serviço e conquistar os três pontos.
— Ninguém vai querer tirar o pé e amolecer. A força em campo vai ser dobrada para evitar qualquer tipo de comentário. A gente brinca que eu nunca perdi para ele, e que ele nunca perdeu para mim numa disputa de bola. Não vai ser agora que vamos dar o braço a torcer.
Gêmeos estão no banco de reservas
Os irmãos vivem um momento semelhante em seus respectivos clubes. Sem vaga garantida no time titular, os dois têm entrado bem nas partidas quando solicitados por Carlos Alberto Parreira e Silas. Assim, uma oportunidade neste sábado será agarrada com unhas e dentes.
— Estamos numa situação muito parecida. Os treinadores têm as suas preferências. Temos que ficar bem, trabalhar para fazer bonito quando tivermos a chance. Nós (do Avaí) estamos precisando muito da primeira vitória. Infelizmente, vai ter que ser contra o meu irmão — disse, rindo, Rafael.
Mesmo do banco de reservas, os gêmeos inventaram uma “solução” para ajudarem suas equipes. Como a semelhança física confunde até amigos próximos, os dois se divertem com a possibilidade imaginária de enganarem rivais e companheiros.
— Brinquei com ele que, quando der o intervalo, vamos trocar e ir para o vestiário do outro para saber um pouco mais do time adversário, e ninguém vai perceber. Somos bem parecidos mas, dentro de campo, cada um vai defender seu lado — afirmou Rafael.
As informações são do GloboEsporte.com.
Há 5 semanas
