Hoje no Blog Elite Azul e Branca, o Rogério nos conta uma deliciosa história sobre o festival de tainha frita do maestro...
Se qués qués, se não qués diz.
"Meu pai manteve a tradição durante anos de reunir a família aos sábados em sua casa e fazer praticamente o festival da tainha frita com ova, o toque de midas dele fazia com que aquele prato fosse incomparável o que nos impelia a evitar pedir em qualquer restaurante umas 'postinhas' fritas de tainha ou uma ovinha frita porque não seriam iguais ao do meu pai. Durante alguns anos era a tainha frita com no máximo 'duas pernas' de ova, devido o alto preço do produto, com o passar do tempo e com a disputa à tapa por cada pedaço de ova, cortado em roletes, meu pai começou a exagerar e a colocar 7, 8 pares de ova na hora do almoço, muita fartura para todo mundo 'vazar' como ele dizia e às vezes o Tullinho e a Kéren conseguiam esta façanha. Um dos segredos do sabor da tainha frita de meu pai era a 'largura' da posta da tainha, durante anos ele limpou e cortou em casa e depois ele descobriu que por 'cinco contos' os funcionários das peixarias do mercado público limpavam e cortavam em postas o peixe. Ele costumava dizer para os fúncionários das peixarias que queria as postas da largura de 'uma caixa de fósforos' e assim eles faziam. Hoje não vai ter tainha lá na casa de meu pai, pela ausência dele e porque a safra deste ano não foi das melhores, mas já dei uma espiada no freezer e ele deixou uma tainha enorme e 2 bandejinhas com a tainha cortada e mais um par de ova, quem sabe fazemos só para aperitivar e relembrar os banquetes que ele costumava fazer. "
Postado por Rogério no blog da Elite