A queda do JEC
Joiville 0 x 3 Avaí
A situação do Joinville é preocupante. Um dos times considerados grandes no cenário estadual vê dia a dia sua situação piorar. No início da temporada havia a promessa de uma boa temporada, inclusive com os auspícios de uma parceria com a WL - empresa de Wanderley Luxemburgo. Também foi efetivada a contratação do técnico Waldemar Lemos e de alguns jogadores experientes como Paulo Miranda e Galeano. Tudo parecia conduzir a um próspero período de recuperação. MAS nada disso aconteceu e o JEC tem a triste constatação de que a maioria de seus projetos estão indo por água abaixo. Até o presidente do clube renunciou dizendo que não aguentava mais tantos percalços.
E ontem à noite o que se viu foi um reflexo de anos de agonia para o time e a torcida. O time do Joinville entrou desesperado em campo, querendo ganhar a partida na marra, na força, no grito. Com menos de 10 minutos os jogadores já tinham exibido a "caixa de ferramentas" e, praticamente, partiram para a agressão aos jogadores avaianos cometendo faltas desleais e, muitas vezes, desnecessárias. O resultado é que, com menos de 15 minutos, os cartões amarelos já haviam sido distribuídos com profusão. O nervosismo excessivo estava evidente nas faltas e nas reclamações dos jogadores contra a arbitragem.
E o Avaí - que não tinha nada a ver com isso - fez o bastante para assegurar uma boa vitória e os três pontos que o deixam vivo na competição. O placar poderia até ser mais dilatado se houvesse maior aplicação do time. Porém, dadas as circunstâncias, foi um ótimo resultado. Pena que a Chapecoense "abriu as pernas" para o Criciúma dentro de Chapecó. O verdão do Oeste só ganhou mesmo do Avaí. Depois disso vem colecionando derrotas, tanto no Estadual como na sua passagem ridícula pela Copa do Brasil. Mas o futebol é assim mesmo. Não devemos querer que ele seja lógica pura.
De vez em quando aparece a figura do "sobrenatural de Almeida", como diria o dramaturgo Nélson Rodrigues.