sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Até Freud explica


Está na cara que o problema com o time do Avaí ultrapassa as fronteiras da mera técnica. O time está abalado psicologicamente. Freud explica. Depois dos últimos acontecimentos o time não se encontrou em campo. A perda do primeiro turno de uma forma absurda abalou a confiança dos jogadores e eles estão sentindo isto. Não só os jogadores, e, sim, toda a comissão técnica.
Vejam os fatos que comprovam esta teoria:
1) A RETIRADA precipitada de Eduardo Martini.
Tido como líder da equipe e salvador em algumas oportunidades ficou marcado por algumas falhas importantes em partidas decisivas. Mas o seu corte na partida de ontem contra o Atlético Tubarão influenciou negativamente o restante do grupo.
2) A SUSBTITUIÇÃO de Marquinhos Júnior no segundo tempo demonstrou um destempero do treinador. Foi uma troca injustificada naquele momento, mesmo todos sabendo que o jogador não é nenhum primor tecnicamente falando. Mas naquele instante prejudicou o setor defensivo em uma partida que estava apenas 1 a 0.
3) A MANUTENÇÃO de Vandinho até o final da partida. O jogador é goleador, mas está atravessando uma péssima fase. Então, nada mais normal que preservá-lo e poupá-lo das vaias que recebeu no jogo.
Acho que o elenco do Avaí não é ruim. Fizeram um bom primeiro turno e não desaprenderam. Mas há necessidade de se fazer um trabalho psicológico em cima da rapaziada. Ontem, eles entraram apáticos, desanimados, até parece que estavam preparados para uma nova derrota. Se continuar assim, vai ser muito difícil conquistar o segundo turno.
Não é nem tanto pelo empate de ontem, pois o time do Estreito foi o campeão de empates na primeira fase e com uma combinação de resultados ainda conseguiu a conquista. Há, sim, uma necessidade de se fazer um trabalho de motivação para os jogadores enquanto tem tempo. Este trabalho deve atingir também ao técnico Sérgio Ramires, que, talvez, esteja mais abalado que os próprios jogadores. Talvez seja a hora do técnico pedir o boné...
O time vencedor tem que ter um espírito vencedor. E este não é o espírito com que o time do Avaí está entrando em campo.